sexta-feira, 22 de abril de 2011

Conca critica seus compatriotas por briga após o jogo, "sinto vergonha".



Argentino do Flu comenta confusão na classificação tricolor, pede paz no futebol e diz que briga foi resultado de algumas provocações

Por Edgard Maciel de SáBuenos Aires, Argentina
 Conca passou por uma situação diferente em sua carreira. Pequeno, franzino e de paz, o camisa 11 do Fluminense se viu em meio a uma grande briga após a classificação do Tricolor na Libertadores, graças à vitória por 4 a 2 sobre o Argentinos Juniors, nesta quarta-feira, em Buenos Aires. Entre socos e pontapés, o apoiador soube se defender bem. Mas não deixou de criticar duramente a atitude de seus conterrâneos.

- Sinto vergonha. Outro dia um torcedor morreu no jogo entre San Lorenzo e Vélez Sarsfield. Temos de dar o exemplo dentro de campo e isso não foi feito. Assim, muitos outros podem morrer. Até mesmo um jogador. É preciso aprender que o futebol é uma diversão que faz todos felizes, e não uma guerra. Viemos apenas para jogar - disse o jogador, dando sua versão para o acontecimento.
- A pancadaria não começou hoje. Ela é resultado de muitas pessoas falando coisas erradas antes de a bola rolar.
O jogador se referia à declaração do treinador do Argentinos, Pedro Troglio, ao GLOBOESPORTE.COM, no último domingo. Ele afirmou que a cota de milagres do Fluminense estava encerrada, lembrando a fuga da Série B em 2009. Troglio tem histórico de confusões contra o Tricolor. Em 2009, quando dirigia o Cerro Portenõ-PAR, ele também participou de uma pancadaria após ser eliminado no Maracanã.
Jogador fica na Argentina com a família
Diguinho com ferimento no rosto (Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)Diguinho com leve ferimento no rosto
(Foto: Edgard Maciel / GLOBOESPORTE.COM)
Um dos que sofreram com a violência dos jogadores do Argentinos Juniors foi o volante Diguinho. Ele tinha marcas da batalha na cabeça e no olho direito, este último graças a um soco dado pelo atacante Oberman. Apesar das agressões, Conca não saiu machucado da briga. Ele recebeu a visita de seus familiares no hotel logo após a partida e não voltará nesta quinta-feira com delegação tricolor para o Brasil. O apoiador permanecerá em seu país natal até sexta. Indagado pela imprensa portenha sobre a heróica classificação, Conca disse que não acredita em milagre, e sim em bom futebol.
- Nunca deixei de confiar na classificação. Tenho três anos de Fluminense e conheço bem esse grupo. Era um jogo importante e lutamos até o fim. Disseram que em 2009 conseguimos um milagre. Mas para ganhar só precisamos jogar bem. E, mais uma vez, bastou jogarmos o nosso futebol para vencermos - resumiu.
Sem Conca, a delegação do Fluminense retorna ao Brasil nesta quinta-feira à tarde. Os jogadores se reapresentam na sexta para o início da preparação para a semifinal da Taça Rio, domingo, às 16h (de Brasília), contra o Flamengo, no Engenhão.

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